Quem opta por trazer celulares pode se dar mal ao tentar utilizá-lo no país. É completamente possível que alguém compre um aparelho no exterior e ele, simplesmente, não funcione no Brasil por questões de incompatibilidade tecnológica.
Aqui está
uma lista de alguns cuidados importantes para que o usuário que vá para fora do país traga um aparelho que funcione no Brasil. Nesse processo de “importação”, a Receita Federal permite até um aparelho por pessoa, desde que seja para uso pessoal.
É importante saber que há mais chances de haver problemas quando se traz um celular de fora. Os telefones celulares precisam, para serem habilitados pelas operadoras do Serviço Móvel Pessoal e utilizados no Brasil, ser homologados pela Anatel. Isto garante que eles são compatíveis com as tecnologias adotadas no País e atendem requisitos técnicos de funcionamento e condições de garantia, de assistência técnica e de qualidade.
Ao trazer um aparelho que não é vendido no Brasil, a primeira observação é que, em tese, as marcas não têm obrigação de prestar suporte técnico ou garantia caso ocorra algo com o equipamento. Isso varia de empresa para empresa. A Apple, por exemplo, cobre a garantia de alguns produtos adquiridos fora do país.
GSM ou CDMA?
A rede de telefonia móvel brasileira funciona, predominantemente, sob a tecnologia GSM (Global System for Mobile). Logo, o primeiro cuidado que a pessoa deve ter é comprar um telefone celular que suporte a tecnologia GSM.
Boa parte do mundo usa o padrão GSM, porém, operadoras americanas e alguns países asiáticos utilizam a tecnologia CDMA (Code Division Multiple Access) – incompatível com o padrão brasileiro. Há ainda resquícios de linhas CDMA no Brasil, porém, o objetivo é que tudo migre para GSM.
Um exemplo de incompatibilidade ocorre com aparelhos da Apple vendidos pela operadora americana Verizon. Pelo fato de os dispositivos terem sido desenhados para funcionar com a tecnologia CDMA, tanto o iPad na versão 3G como o iPhone 4 não funcionam no Brasil.
Após escolher a tecnologia, outro fator importante é verificar quais frequências o aparelho comprado suporta e se elas são compatíveis com as que a operadora que ele quer contratar utiliza. Caso alguém compre um smartphone que não suporte a frequência entre 1800 MHz e 2000 MHz, é provável que não funcione internet via 3G.
Para não errar é importante que o usuário peça informação para a operadora que quer contratar sobre as frequências que ela trabalha. Outra possível solução é comprar um celular quadriband (que suporta quatro frequências diferentes). Há grande possibilidade que o aparelho funcione no país.
BloqueioVárias operadoras – mesmo fora do Brasil – têm o costume de vender aparelhos mais baratos atrelados a contratos de fidelidade. Esses celulares, geralmente, são bloqueados para uso específico na operadora estrangeira. Quem quiser trazer um celular adquirido dessa forma, deverá se preocupar em tentar desbloqueá-lo na operadora estrangeira antes de trazê-lo para o Brasil.
Se o usuário trouxer ao país o dispositivo bloqueado e quiser utilizá-lo, não há métodos oficiais (seja com o fabricante do celular ou qualquer uma das operadoras brasileiras) para que a operação seja feita. Neste caso, será necessário procurar algum técnico em telefonia móvel que saiba desbloquear aparelhos.
Fonte: Uol Tecnologia (05/04/11)